O Ministério da Energia e Águas, realizou no dia 11 de Dezembro, no edifício sede da ENDE, os habituais Cumprimentos de Fim de Ano, presidido pelo Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges e contou com a presença dos Secretários de Estado da Energia e para as Águas, bem como os Directores Nacionais, Presidentes dos Conselhos de Administração das Empresas Públicas do Sector e outros altos responsáveis.
Durante o discurso de abertura, o Ministro rendeu uma homenagem aos quadros do sector falecidos durante o ano. Em seguida fez um resumo sobre as actividades levadas a cabo pelo pelouro em 2020, num ano em que se projectou a estabilização do sistema eléctrico e relançaram-se as bases sólidas para o desenvolvimento do sector de águas no País, que conheceu neste ano um grande desafio em consequência da Pandemia da COVID-19, pela importância da água na contenção da sua progressão.
Referiu que o objectivo continua a ser a melhoria dos serviços para a satisfação das necessidades da população e da economia no que se refere aos dois importantes segmentos da vocação e do desempenho do MINEA: a geração (e ou produção) e a distribuição de energia e de água, dois dos mais importantes imputs para o desenvolvimento e para a qualidade da vida humana. E é desejo de todos nós, continuou o Ministro, que os quadros do Sector, continuem a dar o melhor de si para a cobertura das necessidades internas da população e da economia, no âmbito da estratégia que o Executivo traçou para o sector.
Destacou que, apesar de todos os constrangimentos decorrentes da crise socioeconómica que vivemos, cujos reflexos se evidenciam nas restrições orçamentais e limitações cambiais, o nosso olhar deve focar-se no universo das acções em prol do relançamento da vida económica do país e melhoria do bem-estar social da população.
Tais objectivos estão reflectidos no PDN 2020-2022 revisto e consubstanciam-se fundamentalmente em:
1.Satisfazer as necessidades de energia eléctrica e água potável, assegurando a oferta permanente e crescente destes serviços para a população e para o desenvolvimento económico nacional;
2.Melhorar a qualidade de prestação destes serviços públicos;
3.Garantir a utilização racional e sustentável dos recursos energéticos e de água potável a nível nacional.
No sector eléctrico, o ministro, enfatizou que atingimos no momento os 5.630 MW, (correspondendo 3.342 MW de Produção Hídrica, 2.223 MW de Produção Térmica e 35 MW de Híbrida) o que corresponde a um incremento de 14% comparativamente ao ano de 2019.
Recordamos que, em 2017, a capacidade de produção energética era de 4.068 MW. Este incremento deveu-se essencialmente à entrada em operação de quinta turbina de LAÚCA.
Para este incremento, contou também, a entrada em operação, no final do passado ano, das novas centrais térmicas de Saurimo, Luena e do Cuíto.
A demanda atendida de energia é actualmente de 1.957 MW, registando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, reflexo das acções de investimento na extensão das redes de transporte e na ligação de novos consumidores.
Um factor importante a realçar é que com o aumento da produção hídrica, verificou-se uma redução drástica no consumo de diesel para a geração de energia eléctrica. A necessidade desse combustível utilizado para a produção de energia térmica caiu de 1.364.256 m3/ano em 2015, para 539.496 m3/ano já no final de 2019, representando uma redução de quase metade o que resultou numa poupança estimada de 111.34 mil milhões de Kwanzas para os cofres do Estado.
Salientou que está em curso desde o passado dia 11 de Novembro, o comissionamento do sexto e último grupo (UG#06) da Central principal do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, com uma potência unitária de 334 MW, sendo expectável que o mesmo entre em operação comercial no próximo dia 19 de Dezembro. Disse que esta potência virá marcar um dos importantes marcos que deve concorrer para o aumento da capacidade de produção de electricidade no quadro da estratégia do Executivo reflectida na criação de condições para o melhoramento dos indicadores económicos e do nível de vida dos cidadãos.
Este marco poderá, igualmente, concorrer para a industrialização do país e contribuir por esta via para a significativa melhoria dos níveis de empregabilidade dos cidadãos e integração económica do país às regiões económicas às quais está associado.
Sobre o sector das águas, frisou que foram concluídos, no passado ano, em várias sedes provinciais, novos sistemas de abastecimento de água. São os casos das cidades do Cuito, capital da província do Bié e em Mbanza Congo, província do Zaire.
Foi recentemente inaugurado o sistema de abastecimento de água à cidade do Huambo e em execução estão os novos sistemas de abastecimento às cidades de Malanje e de Cabinda.
Entre Setembro de 2017 e Agosto do presente ano, registou-se um incremento de 219.934 m3 na capacidade de abastecimento de água, como resultado da construção de novos sistemas, que melhorou o acesso à água potável das populações nas cidades de Cuíto, Dundo, Huambo, Lubango, Luena, Mbanza Congo e Luanda.
Foi lançada também a primeira pedra para a construção do novo sistema de abastecimento de água para a cidade N´Dalatando, a partir do rio Lucala e decorre o concurso para a concepção e construção de novo sistema de abastecimento de água à cidade do Uíge.
Estão em curso ainda ou projectadas obras de expansão das redes de distribuição de água e ligações domiciliares nas cidades de Uíge, Malanje, N’Dalatando, Dundo, Huambo, Lubango, Luena e Moçâmedes que ampliarão o acesso à água canalizada para mais de 515625 famílias.
No total de acções em sedes municipais, de Agosto de 2019 até a presente data, foi concluída a construção de 21 novos sistemas de água em Calueque, Santa Clara, Cahama, Rivungo, Cuemba, Cunhinga, N´harea, Jamba, Bibala, Bula Atumba, Muxaluando, Lucapa, Lubalo, Cuilo, Chitato, XaMuteba, Massango, Kiwaba N´Zogi, Mucari, Virei e Ucuma.
No que concerne ao combate a seca, João Baptista Borges, fez saber que em Novembro de 2019, teve início na Província do Cunene, a construção do primeiro dos três projectos de combate aos efeitos da seca na localidade do Cafu.
Não obstante o impacto causado pela Pandemia do COVID-19 na globalidade da execução de obras públicas por razões óbvias de protecção da vida e da segurança nacional, prevê-se que dentro de aproximadamente 2 anos tenhamos concluída a estação de captação de água no rio Cunene, bem como dos 158 km de aquedutos e 30 Chimpacas, que atenderão mais de 470.000 habitantes residentes nas regiões de Cafu, Kuamato, Namacunde e N'Dombola. Servirá ainda para o abeberamento de aproximadamente 500.000 cabeças de gado.
Foi também lançado o concurso para a contratação de serviços para a reabilitação de 41 diques ou represas para o aprovisionamento de água na província do Namibe, perspectivando a mitigação do efeito de secas ou estiagem prolongada nessa região.
Para terminar, João Baptista Borges desejou um feliz natal e um ano novo próspero a todos os dirigentes, responsáveis e funcionários do Ministério da Energia e Águas e empresas públicas do Sector, extensivo às suas famílias. O acto culminou com brinde e uma confraternização.
GABINETE DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA, em Luanda, 14 de Dezembro de 2020.